Sobre mim...

Nome: Perséfone Dysangelium
Idade: 222 dias de luz
E-mail: luge314@yahoo.com.br
Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=598921169300672939
Amo: Botas de couro de lobo & cigarros de cravo.
Odeio: Liames na alma humana.

"Volúpia"
No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!


A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!


Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!


E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...

Florbela Espanca.

Tristes somos nós que trazemos a alma vestida.
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O Outono.
A Primavera.

Créditos

Layout Por Patrícia

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Freitag, November 03, 2006


Antes de tudo, peço perdão pela postagem não formatada (meu Windows 85 me impede).

Não acredito haver muito a dizer. A vida segue na mesma morosidade e a saúde continua a definhar cada vez mais (para ser mais precisa, problemas de ordem óssea, sangüínea, cutânea, respiratória, oftalmológica, digestiva e psiquiátrica). A valsa dos sorrisos me abandona (assim como a doce alegria da vida) para dar lugar ao réquiem de cordas do Spleen.

Odeio estes lamentos de gente fraca, mas, como sinal de vida e de sinceridade, é tudo o que posso fazer por ora.

Hoje, sem maldições a ninguém. Apenas o meu réquiem.


"Os Gritos São Silenciados
(Réquiem para três Baixos, Viola e Piano)" - Tilo Wolff

E então ocorrido
Não há retorno
O que permanece é o silêncio
E a perda
Seguida pela dor.
O mundo que ela era
Uma criatura de luz
Mas para mim sozinho
Ela era meu coração que batia
Em meu peito.

Mas neste dia
E naquele lugar
O orgulho foi quebrado e desta forma seu coração.

Hoje – eu perambulo pelas florestas negras
E retorno ao vale.
Hoje – eu vago por profundos desfiladeiros
Sem objetivo – sem descanso.
Hoje – eu vou pelos vilarejos.
A imagem dela em mim.
Hoje – as lágrimas dela estão queimando
Então eu bebo dela.

Aqui eu sou humano
E eu, desperto, beijo minha ânsia.
Aqui eu sou estranho
E eu, desperto, beijo minha ânsia

Ainda mais profundo – mais profundo que a ânsia
Lá ela esconde – sua vida do mundo.
Fracas e trêmulas – suas mãos estendidas.
Manchado de sangue e – mutilado está o corpo dela.

Uma vez a luz surgiu dela
E ela brilha – e ela brilha.

Então aí ela jaz
E eu ainda posso ouvir os gritos
E ela grita.

Quebrada e vencida
Ridicularizada pelo mundo.
Uma vez a luz surgiu dela
Agora ela cospe em si mesma e jaz
Em seu sangue.
À margem da vala
Ela espera a morte
Coberta em lama e vergonha
E eu ouço seus gritos
Como ela grita...

Uma última vez eu estive lá embaixo no vale.
Uma vez mais no desfiladeiro.
Uma vez mais na catacumba
Na qual ela agora se esconde,
Se enterra
E se cobre.
Ela dificilmente ousa – ela dificilmente ousa olhar para mim.
Não ousa me tocar pele a pele.
Ela dificilmente ousa – ela dificilmente ousa olhar para mim
Para me tocar pele a pele.

Hesitante eu ascendo
Hesitante ela ascende
E eu seguro a mão dela
Que me leva a seu coração.

O último beijo significou para mim
Que a alma é seguida pelo coração.
Os gritos são silenciados!
Os gritos são silenciados!


Mein schreien. IST MEINE SCHREIE!!!


Postado Por: Perséfone às 4:50 AM


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